Outono: fique atento as doenças respiratorias
Olá a todos! Bem vindos ao Blog Medprimus!

Neste primeiro post vamos falar sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde respiratória.
Desde o início do outono, temos observado variações de temperatura típicas da estação. Passamos por um verão com temperaturas acima da média e agora enfrentamos um outono marcado por dias quentes, seguidos de quedas bruscas de temperatura, além de períodos irregulares de chuva e seca em diferentes regiões do país. Essas alterações climáticas são reflexo direto do aquecimento global e têm impacto significativo na nossa saúde.
Mas afinal, isso afeta a saúde?
Sim! E de forma importante — especialmente quando falamos da saúde respiratória. Para facilitar o entendimento, separei os principais quadros respiratórios e como eles são impactados pelo clima.
1. Rinite Alérgica
As alergias respiratórias aumentaram de forma expressiva nas últimas décadas. Embora haja predisposição genética, os fatores ambientais têm grande influência.
Além dos conhecidos agentes como poeira, ácaros e fungos, as mudanças no clima favorecem a presença de pólens, bolores e mofo, especialmente em ambientes quentes e úmidos. Esses elementos são gatilhos comuns para crises de rinite alérgica.
2. Rinite Não Alérgica
Diferente da alérgica, a rinite não alérgica não é causada por infecções nem por reações do sistema imune. Ela atinge cerca de 3% da população mundial e tem como principais gatilhos: ar frio, poluição, fumaça, tabagismo e produtos químicos.
Os sintomas incluem congestão nasal, coriza e dores de cabeça ou dores faciais atípicas. Estudos indicam que ambientes com alta umidade, baixa pressão atmosférica, chuvas e ventos fortes aumentam a incidência desses sintomas.
Ou seja, quanto mais instável o clima, mais intensos podem ser os sintomas.
3. Sinusites
As sinusites, especialmente as formas crônicas (com duração superior a três meses), têm relação direta com a exposição à poluição do ar.
Poluentes como material particulado, dióxido de nitrogênio e ozônio estão associados ao agravamento da sinusite e da rinite. E as mudanças climáticas influenciam diretamente a concentração desses poluentes: a temperatura, a umidade do ar e as variações do vento afetam sua dispersão.
Um exemplo claro disso é a combinação de ondas de calor com queimadas, que eleva drasticamente os níveis de poluição em diversas regiões.
4. Gripes e Resfriados
Vírus respiratórios circulam com maior facilidade em períodos mais frios — como é comum no outono. Além disso, o ar frio resseca a mucosa nasal, o que reduz a eficácia das defesas naturais do sistema respiratório.
Em ambientes frios e fechados, com maior circulação viral e defesas locais comprometidas, temos o cenário ideal para gripes e resfriados.
Mudanças bruscas de temperatura: atenção redobrada!
Durante essas variações climáticas, é comum que sintomas de diferentes doenças se sobreponham. A combinação de gatilhos pode intensificar os quadros respiratórios em frequência e gravidade.
Dicas de prevenção:
- Faça lavagem nasal com soro fisiológico ao menos duas vezes por dia
- Use medicações prescritas para controle da rinite, conforme orientação médica
- Alimente-se bem e mantenha boa hidratação
- Mantenha o ambiente doméstico limpo, arejado e livre de mofo
E lembre-se: na dúvida, procure seu médico de confiança!